Infografia é uma linguagem que reúne elementos visuais e texto para contar histórias.
A palavra infografia nos termos anglo-saxónicos, ou seja, infographics, surgiu da junção de duas palavras information + graphics, que significa representação gráfica de informação.
Segundo Valero Sancho :
" Uma ideia é dificíl de explicar apenas com texto e é de grande fazê-lo mediante uma imagem convenientemente apoiada e breves explicações textuais".
Segundo Smiciklas:
" You´ve probably heard the phrase "A picture is worth a thousand words", a manifesto that speks to the valeu and efficiency of visual communication. An infographic ( short for information graphic) is a type of picture that blends data with design, helping individuals and organizations concisely communicate messages to their audience".
É neste campo que o aparecimento da infografia é crucial.
Façamos agora uma aproximação ao objeto de estudo: a infografia jornalística, porque
" uma coisa é a infografia em termos gerais e outra coisa é infografia informativa de imprensa, que é um produto do infojornalismo emqualquer dos canais, suportes e processos de fabricação".
A infografia jornalística engloba a apresentação de dados que podem ser de carácter estatístico, reproduzir mapas, cronologias ou diagramas. Pode incoporar imagens, gráficos, texto, tabelas, ilustrações, mapas, ou qualquer outro recurso visual que permita a refletir a informação que pretendemos transmitir. O foco deve ser a facilidade de compreensão por parte do público quando observa o trabalho infográfico e a sua memorização imediata.
Recorremos a infografias quando queremos explicar algum conceito, algum acontecimento, fazer um resumo de um assunto, apresentar números que lidos não teriam impacto algum, explicar uma prática ou objeto.
Para a concretização de uma boa infografia jornalística temos que conter vários conceitos presentes como os elementos de comunicação visual, as suas técnicas, a psicologia da cor e a psicologia das fontes. É necessário atentar a todos estes aspetos para que a nossa criação consiga refletir as partes, mas também seja coerente como um todo. A transição das partes para o todo e do todo para as partes tem ser intuitiva, dinâmica e criativa. Temos que ter sempre presente que tudo o que apresentarmos tem que ser retirado de fontes credíveis e fidedignas, já que são informações tão verídicas como as que são apresentadas em forma de notícia de imprensa, online, radiofónica ou televisiva.
A infografia envolve uma aliança entre dois tipos de linguagem: a textual e a visual. Uma vez juntas as duas linguagens elevam o nível de comunicação de informação a outro nível. Tal como explica Raymond Colle:
"A mútua complementariedade entre ambas as linguagens - verbal e visual - é actualmente óbvia. A linguagem verbal ´´e nanlítica: divide e compara, em etapas que se sucedem no tempo, e a comparação surge do estudo das partes e da apreensão dos seus textos" (...) A linguagem visual, pelo contrário, é mais sintética (...). O processo de compreensão, aqui, inverte-se: inicia-se em conjunto para logo investigar as partes. Mas a apreensão do conjunto é imediata; faz-se no próprio instante, antes e independentemente da análise das partes - que é possível mas não indespensável".
Existem várias áreas que recorrem a este género de esquematização de dados como política, economia, saúde, desporto, ciência, tecnologia, sociedade, entre outros.
Este género de expor informação saiu do anonimato para o reconhecimento quando começou a ser adoptado por jornais, revistas, televisão e internet. É de realçar que esta sofre pequenas mudanças consoante o orgão de comunicação social em que esta irá ser divulgada, como forma de adaptação.
Para finalizar vinculo com uma frase de Valero de Sancho:
"A necessidade de contar histórias de maneira gráfica é cada vez maior na comunicação, especialmente numa época em que, para alguns, se vive num tempo de tendências gráficas visuais, mais que literais; num tempo de entender as coisas com uma vista de olhos, por complexas que estas sejam."
Objetivos da Infografia
Remetendo para uma frase de Albert Einstein,
"If you can´t explain it simple, you don´t understand it well enought"
consigo dar uma visão geral do objetivo fulcral da infografia: expor a informação de uma forma simples e clara. Ainda assim, ficam aqui enumerados os principais pontos a ter em conta na elaboração da mesma:
- Facilitar o entendimento e ajudar na descoberta de novas informações que estão escondidas pelos números
- Apreender gráficos de uma forma mais clara e rápida
- Tornar a transmissão de informação mais dinâmica e criativa
Aqui fica um vídeo a resumir o que é a infografia.
Infografia , um género jornalístico?
Existem autores que consideram a infografia um género jornalístico, tal como Julio Alonso e Pablos. Para Júlio Alonso a "infografia é um género jornalístico em que predomina a informação, com o que isso implica de veracidade, rigor, clareza expositiva e rapidez de execução".
O autor acrescenta ainda que "essa informação se expressa em linguagem visual, de imagens, em que as formas , os volumes, a interposição de planos, o ângulo de perspetiva, bem como os claros e escuros, a cor, constituem a sua própria sintaxe".
Já López Hidalgo, a infografia não é um género jornalístico independente, mas sim complementar:
"A infografia não é apenas uma ilustração, mas um conjunto de elementos gráficos e textuais com estrutura própria, cujo sim é ilustrar mas também informar; ou seja, dar informação e documentação que nem sempre estão contidas no texto principal que complementa. Porque têm a sua própria estrutura mas dependem tematicamente de uma informação principal, podemos considerá-la um género jornalístico complementar".
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