Projeto #1

No que consiste?

Este mostra-se o primeiro projeto desenvolvido nesta Unidade Curricular e por conseguinte irá revelar-se o mais simples e o que, por outro lado, nos vai inserir neste mundo do Design e Comunicação Visual. Vamos partir à descoberta!
Numa primeira parte, iremos enunciar e explicar os Elementos Básicos da Comunicação Visual, Técnicas de Comunicação Visual e Teoria de Gestalt e as Leis da Perceção. É relevante referir que todos estes conceitos teóricos irão ser acompanhados por imagens que servem de exemplo ao que estamos a tratar no momento.
Em segundo lugar iremos recorrer a uma recolha fotográfica para nós mesmas conseguirmos "treinar" de uma certa maneira os nossos olhos e nos apercebermos  dos elementos visuais que nos rodeiam e estão constantemente presentes nosso quotidiano.
Seguidamente, escolheremos a música que nos servirá de base para o projeto final. Iremos referir o porquê da nossa escolha,  além de sentimentos e emoções que esta nos transmite.
Por último, mas não menos importante apresentaremos o resultado final de todo o projeto que se mostrará na concretização da imagem do CD e da capa deste tendo em conta a música escolhida acompanhados pela devida memória descritiva.
Note-se que para um aprofundamento de todos os conceitos abordados aconselha-se a leitura dos seguintes livros que tivemos em conta para a elaboração do projeto e que utilizamos certas citações.
São estes , então:  DONDIS, A. D. / La sintaxis de la imagem, Introducción al alfabeto visual / Ed. GG Diseño, Barcelona e ARHEIM, Rudolf / Arte & Perceção Visual / Ed. Pioneira (Editora da Universidade de São Paulo), São Paulo, 4ª Edição, 1988.


Elementos Básicos da Comunicação visual 


Segundo Dondis, Siempre que se disêna algo, o se hace, boceta y pinta, dibuja, garabatea, construye, esculpe o gesticula, la sustancia visual de la obra se extrae de una lista básica de elementos.
Utilizar los componentes visuales básicos como medios para el conocimiento y la comprensi
on tanto de categorias completas de los medios visuales como de trabajos individuales es un método excelente para la exploración de su éxito potencial y actual en la expressión.

Assim para conseguirmos analisar e compreender esta linguagem visual útil é relevante olharmos para os elementos básicos da comunicação visual um a um com a finalidade de os percebermos melhor e conseguirmos obter bases para a elaboração de todo o projeto. Complementando a nossa pesquisa utilizaremos citações de um nome tão pertinente no Design: Dondis.


Ponto 

Es la unidad más simple, irreductiblemente mínima, de comunicación visual.
Além disso, o  ponto é algo que existe que nos chama à atenção, é algo que marca algo importante, a existência de algo sobre o nada.  Ponto é algo tão primário e básico da comunicação que está associado a diversas atividades como matemática, artes, escrita, orientação, costura, ciências, entre muitas outras.
Trabalho de pontilhismo na recriação do retratato de Marilyn Monroe, por Ben Heine

Linha

Cuando los puntos están tan próximos entre sí que no pueden reconocerse individualmente aumenta la sensación de direccionalidad y la cadena de puntos se convierte en otro elemento visual distintivo: la línea.
Este elemento visual pode ser reto ou curvo, existindo com maior frequência a linha curva. Linhas retas transmitem flexibilidade, suavidade, gradação. Por outro lado, a linha reta expressa algo mecanizado, perfeito, regrado.
Por Rui Sousa


Contorno


La línea describe un contorno. En la terminologia de las artes visuales se dice que la línea articula la complejidad del contorno.
Os contornos podem ser mais ou menos agressivos, não só dependendo da espessura da linha que serve de borda, mas também a cor de preenchimento e o tipo de linha.

Contorno de coração




Forma

Hay tres contornos básicos; el cuadrado, el círculo y el triángulo equilátero. Cada uno de ellos tiene su carácter específico y rasgos vexes mediante la associación, otras mediante una adscriptión arbitrária , y otras, en fin, a través de nuestras propias percepciones psicológicas e fisiológicas.

Círculos, quadrados e triângulos

Direção


Todos los contornos básicos expresan tres direcciones visuales básicas y significativas: el cuadrado, la horizontal y la vertical; el triangulo, la diagonal; el círculo, la curva.

Qualquer desenho, o imagem observada remetem-nos a olhar para ele/ela segundo um sentido, uma direção. As diversas formas básicas têm diferentes direções preferenciais, tal como já foi referido anteriormente.

Direção de diversas formas


Tom

Los bordes en que a línea se usa para representar de modo aproximado o detallado, suelen aparecer en forma de yuxtaposición de tonos, es decir, de intensidades de oscuridad  claridad del objeto visto.
O tom trás consigo o conceito de contraste, intensidade de preenchimento e relação possuída entre luz e sombra.

Exemplos de tonalidades de cores


Cor

Las representaciones monocromáticas que aceptamos con tanta facilidad en los medios visuales sonsucedáneos tonales del color, de ese mundo cromático real que es nuesro universo tanricamente coloreado.
Cor está intimamente relacionada com emoção. Diferentes cores transmitem diferentes sentimentos, por vezes também nos remetendo para momentos já passados, memórias que nos permitem setir a cor de diversas maneira. Isso chama-se psicologia das cores.

Cores


Textura

La textura es el elemento visual que sirve frecuentemente de "doble" de las cualidades de otro sentido, el tacto. Pero en realidad la textura podemos apreciaria y reconoceria ya sea mediante el tacto ya tura tenga ninguna cualidad táctil, y sólo las tenda ópticas, como las líneas de una página impresa, el dibujo de un tejido de punto o las tramas de un croquis.
Textura é um elemento que é usado frequentemente para simular o contacto com o material representado na imagem em questão. Está intimamente relacionado com  o sentido do tacto e remete-nos, portanto, para a sensação do toque.
Textura de uma parede


Escala

Todos los elementos visuales tienen capacidad para modificar y definirse unos o otros. Este proceso en sí mismo el elemento llamado escala.
Maioritariamente  detetamos da existência deste elemento básico da comunicação visual quando somos comparados com a mesma realidade em dimensões diferentes mas proporcionais. Por exemplo, verificamos isso quando olhamos para a maqueta ,por exemplo,  da Torre de Belém e esta na realidade. Existe uma proporcionalidade, essa característica chama-se escala.

Maqueta por JAAP, Palácio de Belém


Dimensão

La representación de la dimensión o representatión volumétrica en formatos visuales bidimensionales depende también de la ilusión. La dimendión existe en el mundo real. No sólo podemos sentiria, sino veria con ayuda de nuestra visión estereoscópica biocular.
Dimensão no plano bidimensional está intimamente relacionada com ilusão e perspectiva uma vez que o papel ou outro meio bidimensional não tem profundidade para aparecer a dimensão, que só existe no mundo real. Então através de variadíssimas técnicas, a fotografia, a televisão, os filmes, os desenhos conseguem transmitir a ideia de dimensão.


Dimensão de uma porção da Via Láctea 


Movimento

El elemento visual de movimiento, como el de la dimensión, está presente en el modo visual con mucha más frecuencia de lo que se reconoce explicitamente. Pero el movimiento es probablemente una de las fuerzas visuales más presominantes en la experiencia humana. A nivel fáctico sólo existe en el film, la televisión, los encantadores móviles de Alexander Calder y en todo aquello que se visualiza con alún componentee de movimento, como la maquinaria o las ventanas.
Movimento pressupõe ritmo. Ouseja, se visualizarmos uma imagem repetidamente e progressivamente a cair, percebemos que caiu rapidamente. Em contrapartida, se a imagem do objeto a cair for mais espaçada, associamos a que este teve uma queda lenta.


Representação do movimento de duas ginastas

Webgrafia 
Bibliografia
DONDIS, A. D. / La sintaxis de la imagem, Introducción al alfabeto visual / Ed. GG Diseño, Barcelona 



Técnicas de  Comunicação Visual


No design e comunicação visual as características da imagem e o seu conteúdo estão quase sempre interligados. O que vemos vai-nos transmitir alguma mensagem, daí que a comunicação visual e verbal tenha desde sempre também partilhado uma forte ligação. Basta percebermos que a um símbolo como uma letra atribuímos-lhe um significado.
É então no intuito de fazer transpor todas as percepções visuais reais existentes que surgem as Técnicas de Comunicação Visual. Estas apresentam-se, portanto, como técnicas visuais de comunicação que possuem o dom de manipular elementos visuais com o objetivo de atribuir significado direto à mensagem transmitida. 
Exemplificando, se queremos transmitir o movimento de uma bola a rodar, irão ser aplicadas técnicas de comunicação visual a essa bola desenhada no papel para nós a associarmos ao movimento. Na verdade ela é bidimensional e não se mexe, mas na nossa mente é idealizada a bola em movimento.

Aqui ficam as várias Técnicas de Comunicação Visual resumidas num quadro:



Equilíbrio
Harmonia, estabilidade, solidez, igualdade, aprumo
Instabilidade
Inconstância, fragilidade, variabilidade, mudança, flutuação, insegurança

Simetria
Equilíbrio, proporção, elegância, harmonia, beleza, perfeição


Assimetria
Alteridade, desigualdade, desiquilíbrio


Regularidade
Método, ritmo, compasso, cadência


Irregularidade
Volubilidade, suspensão, interrupção, descontinuação, volubilidade, inconstância


Simplicidade
Uniformidade, moderação, naturalidade

Complexidade
Confusão, complicação, variedade, heterogeneidade


Unidade
 Homogeneidade, uniformidade , conformidade, união, coesão, harmonização


Fragmentação
Esfacelação, quebratura, quebramento, fratura

Economia
Controle, Contençã, pecúlio, frugalidade, moderação, comedimento



Profusão
Dissipação,desperdício, esbanjeamento

Minimização
Máxima resposta a partir de elementos mínimos


Exagero
Abuso, overdose, demasia,excesso, descomedimento

Previsibilidade
Ordem, racionalidade e previsível

Espontaneidade 
Naturalidade, simplicidade, originalidade, autencidade


Atividade
Ação, movimento


Estase
Estático, imobilidade, equilíbrio absoluto, repouso e tranquilidade


Subtileza 
Requinte,primor, brandura, suavidade, puro, elegância, delizadeza, sofisticação



Ousadia
Arrojo, valentia, atrevimento, audácia, insolência


Neutralidade
Justiça, isenção, indiferente, frieza


Ênfase
Relevo, destaque, realce

Transparência
Diafaneidade, translucidez



Opacidade
Embaciamento, turvação, escuridão


Estabilidade
Imobilidade, fixidez, firmeza, equilíbrio, segurança


Variação
Modificação, alteração, mudança, transformção, troca, variante



Exatidão
Rigor, precisão, franqueza, fidelidade

Distorção
Interferência, perturbação, intromissão, defeito, deformidade


Planura
Raso,objetivo, superficial


Profundidade
Perspetiva, dimensão e profundo

Singularidade
Particularidade, especificidade, especialidade

Justaposição
Coincidência, aposição

Sequencialidade
Ordem lógica, padrão, rimo


Acaso
Desorganização intencional, não planeamento


Agudeza
Interpretação fácil, objetiva, clareza

Difusão
Sentimento, imprecisão, calor


Repetição
Recorrência, reincidência, coesão, união


Episodicidade
Individualidade, unicidade, liberdade



































































Teoria de Gestalt


A psicologia de Gestalt foi fundado por pensadores alemães como Max Wertheimer, Wonlfgang Kohler e Kurt Loffka e o seu objetivo fundamental é perceber o modo de como as pessoas interpretam o mundo. De acordo com esta psicologia o todo é completamente diferente da soma das suas partes. Foi tendo por base esta tese que psicólogos de Gestalt desenvolveram um conjunto de princípios que tentam explicar a perspectiva de como a mente agrupa pequenas coisas e seguidamente a transforma em coisas maiores.
 Estes princípios chamam-se Leis de Gestalt que seguidamente, vão ser apresentadas de modo resumido e simplificado.
 Para tornarmos a aprendizagem mais dinâmica sugerimos a visualização deste pequeno vídeo que tem por base as Leis de Gestalt.









Leis de Gestalt

Unidade
Conjunto de constiruído por mais do que um elemento, ou que se encerra sobre ele próprio. Pode ser um único ou fazer parte de um todo.



Unificação e Segregação
A unificação é a igualdade , harmonia captada pelo nosso sentido da visão e que é transmitida através dos elementos visuais. Segregação é completamente o contrário, é a separação e o destaque da ideia entre um aglomerado de objetos semelhantes. Neste caso, é apenas feita através da cor.


Semelhança
Elementos semelhantes, com a mesma forma, representativos do mesmo objeto ou da mesma cor são captados como um agrupamento. Na imagem escolhida, os quadrados e círculs têm uma tendência em se agrupar mesmo que a distância entre colunas e filas seja a mesma.


Continuidade
Apesar das linhas, formas não se fecharem a ideia de conceder uma organização coerente fazem com que a nossa mente form toda uma continuidade à imagem em questão.





Fechamento
Devido à necessidade do nosso cérebro encontrar algum objeto ou forma conhecida, ele tende a fechar espaçamentos de modo a encontrar esses elementos.


Pregnância
A nossa mente tende a organizar os objetos da forma mais simples possível.



Proximidade
Os elementos que estão mais juntos são percepcionados como fazendo parte do mesmo agrupamento. Sendo o todo, ou a parte do todo.

Simetria 
Elementos simétricos têm tendência a não só serem detetados e memorizados mais facilmente como são constantemente associados à perfeição. No caso da borboleta, animal associado à beleza verificamos uma claro simetria das suas asas o que vem corroborar  tese anteriormente expressa.


Experiências passadas
Todos os momentos que vivemos, que experimentamos e memorizamos são bases que nos vão permitir interpretar a imagem que temos perante nós de diversas maneiras. 



Resumo
Exemplificação das leis de Gestalt com a própria palavra
Webgrafia



Recolha Fotográfica


O segundo passo na elaboração do nosso primeiro projeto desta Unidade Curricular denominava-se por recolha fotográfica. Esta etapa tinha como objetivo o início do treino dos nossos olhos quanto ao mundo que nos rodeia. No decorrer da sua elaboração começamos a reparar que mudamos a nossa perspetiva de observação perante a fotografia e perante todo o ambiente envolvente. Começamos a identificar nas mais pequenas coisas os Elementos Básicos da Comunicação Visual e Técnicas da Comunicação Visual. Concluímos, que esta parte prática do trabalho nos permitiu adquirir competências para o trabalho final futuro.
Quanto às galerias seguidamente apresentadas, elas dividem-se em três secções: 
        1. Recolha Fotográfica sobre Elementos Básicos da Comunicação Visual
        2. Recolha Fotográfica sobre Técnicas da Comunicação Visual
        3. Recolha Fotográfica em aula



Recolha Fotográfica sobre Elementos Básicos da Comunicação Visual


Direção

Textura

Dimensão

Forma

Movimento

Escala
Linha


Cor

Contorno

Tom

Ponto


Recolha Fotográfica sobre Elementos Básicos da Comunicação Visual


Equilíbrio

Irregularidade

Simetria

Unidade

Ousadia

Exagero

Realce

Sequencialidade

Profundidade

Difusão

Variação

Subtileza

Individualidade

Transparência

Acaso

Repetição

Singularidade

Assimetria

Regularidade

Estase

Profusão

Movimento

Justaposição

Simplicidade

Opaco

Complexidade

Neutralidade

Espontaneidade

Estabilidade

Fragmentação

Exatidão

Minimização

Desiquilíbrio

Agudeza

Direção

Previsibilidade

Economia


Recolha Fotográfica em aula















Recolha fotográfica renovada


Após uma breve reunião com o docente da Unidade Curricular chegamos à conclusão de que as nossas fotos tinham imenso potencial mas que mostravam muito o todo. Estavam a contextualizar demasiado os objetos. Assim, decidimos inserir novas fotos que mostrassem as partes constituintes do todo. Não apagamos as anteriores pois são os erros que nos fazem avançar, além disso as mesmas não estavam mal, apenas precisavam de ser cortadas e aumentadas. De qualquer forma, achamos que para o nosso progresso era vantajoso fotografar novos pontos de vista. 
Portanto, aqui ficam algumas fotos que resultaram deste acervo fotográfico:

















































Melhores designers do mundo


Neste momento, decidimos observar o método de trabalho de profissionais assim como os seus projetos para nos servirem de inspiração, modelo. Devido ao elevado número de designers espalhados pelo mundo com enorme qualidade e à impossibilidade de observar o trabalho de todos decidimos selecionar os que mais nos identificamos.
Assim, para cada um inserimos uma entrevista feita por jornalistas aos mesmos. Torna-se interessante em dois sentidos lê-la. A entrevista é um género jornalístico estudado no nossa licenciatura e é relevante termos contacto com este tipo de organizar informção. Ao mesmo tempo estamos a absorver dicas importantes sobre design da boca dos mais prestigiados artistas. Seguidamente, incluimos um vídeo protagonizado pelos designers em questão para complementar.


Paula Scher


http://www.designboom.com/design/paula-scher-interview/





Alan Fletcher





Recolha de Capas de CD



Nesta etapa decidimos recolher algumas capas de CD selecionadas por nós e de acordo com os nossos interesses musicais. O nosso objetivo nesta recolha prendia-se com a identificação de Elementos Básicos de Comunicação Visual e as Técnicas de Comunicação. Tentamos analisá-las criticamente, observando os elementos nelas presentes e tentando fundamentar o porquê dos autores os terem escolhido. Para isso recorremos à audição de cada um dos álbuns respetivamente para conseguirmos interpretar as composições visuais apresentadas. Concluindo, neste passo do projeto pretendemos ampliar e desenvolver o nosso espírito crítico para que o nosso desempenho na elaboração da nossa própria capa e CD cumpra os objetivos estipulados.



Imagine Dragons - Night Visions


















Arctic Monkeys - AM


















James Bay Hold Back the river














FooFighters One by one












The Rolling Stones – Rocks off












Maroon 5













DeolindaCanção ao lado













Cage The ElephantMelophobia











Recolha de capas renovada


Tal como na recolha fotográfica, após discussão com o docente decidimos inserir novos tipos de capa de CD. Selecionamos agora capas em que a perceção de Elementos Básicos de Comunicação Visual é muito mais fácil. Esta nova recolha contém capas originais e algumas que foram elaboradas por alunos de anos anteriores mas que consideramos excelentemente bem elaboradas. 
























Escolha da Música



Neste momento foi-nos proposta a escolha de uma música para a futura construção de uma capa e o CD para a mesma.
Após uma "chuva de ideias" e de uma discussão acerca de qual a música mais acertada tomamos a nossa decisão baseada em diversos fatores, nomeadamente o facto da música ser portuguesa o que remete para o orgulho do talento existente no nosso país e pelo facto de a nossa língua nos conseguir tocar muito mais do que qualquer outras através do poder da palavra. Outro motivo da escolha prendeu-se com o tema da canção. Este reporta-nos para a realidade de muitos portugueses hoje em dia, a emigração e todas as consequências psicológicas e emocionais  que acarretam consigo.
Sendo assim, a música escolhida foi : "Para os braços da minha mãe", do emblemático Pedro Abrunhosa.
Aqui fica o videoclip da música e a respetiva letra.






Para os braços da minha mãe


Cheguei ao fundo da estrada
Duas léguas de nada
Não sei que força me mantém

É tão cinzenta a Alemanha
E a saudade tamanha
E o verão nunca mais vem

Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa
Pisar a terra em brasa
Que a noite já aí vem

Quero voltar 
para os braços da minha mãe
Quero voltar
para os braços da minha mãe

Trouxe um pouco de terra
Cheira a pinheiro e a serra
Voam pombas no beiral

Faz vinte anos no chão
Na noite de amsterdão
Comprei amor
Pelo jornal

Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa
Pisar a terra em brasa
Que a noite já aí vem

Quero voltar
para os braços da minha mãe
Quero voltar
para os braços da minha mãe

Vim em passo de bala
Com um diploma na mala
Deixei o meu amor para trás

Faz tanto frio em Paris
Sou já memória e raiz
Ninguém sabe donde tem paz

Quero ir para casa
Embarcar num golpe de asa
Pisar a terra em brasa
Que a noite já aí vem

Quero voltar
para os braços da minha mãe
Quero voltar 
para os braços da minha mãe....
Humm



Música e Emoções


Hoje em dia, quase sempre associamos a música às emoções humanas. Basta percebermos que quando entramos no carro mudamos de frequência de rádio até que a música que esteja a tocar nos transmita o mesmo do que estamos a sentir no momento. Além disso a nossa mente associa a música a momentos. É por isso que quando escutamos uma determinada música associamo-la à memória que atribuiu significado à melodia em questão. Por essa mesma razão, no nosso dia-a-dia, é frequente ouvirmos expressões tais como: “Esta música é triste”; “Esta é a música do meu casamento”,etc…
Pode-se dizer que a importância e a emoção dada a cada música difere de pessoa para pessoa, ou seja, é subjetiva. No entanto cada música quando é criada tem a intenção de transmitir determinada sensação ou estado de espírito, ou contar uma história com qual as pessoas se identifiquem. São nestes últimos pontos que nos vamos focar para a criação visual da capa e do CD para a música selecionada. O nosso objetivo é tentar repercutir no nosso projeto musical as emoções, e o contexto histórico que a música selecionada transmite. Para isso começamos por ouvir a música e anotar quais as palavras e a história que a música pretendia passar ao público. Aqui fica então esquematizado todas as expressões que associamos a esta composição musical. Quanto ao rimo da música, ela é calma no seu todo, fluída e sem picos. Esta composição musical remete para a emoção, algo que surge naturalmente, que é puro. Provém do ser humano, algo que é sincero e não pode ser ocultado. Assim, esta música não é indiferente a ninguém e toca cada indivíduo de diferentes maneiras, cada um interpreta-o à sua maneira consoante o contexto social e as suas vivências. A música selecionada "Braços da minha mãe" de Pedro Abrunhosa conta o quotidiano de um emigrante português. Esta história é a realidade do que se passa em milhares de famílias portuguesas. Por esta razão, a carga emocional atribuída a esta música assume enormes dimensões, remetendo para as mais fortes emoções sentidas pelo ser humano. A música é solidão, é saudade, é o desacreditar no próprio país, é a deceção por não poderem estar junto dos que amam, é o coração magoado, é a desilusão. É, sobretudo, a paixão que prevalece pela família e o não poder ser feliz à sua beira. É a desilusão do seu próprio país em não acreditar nele e não lhe permitir encontrar a felicidade perto dos que ama. Um retrato da geração de novos emigrantes portugueses: que saem de Portugal em busca de novas experiências no mundo laboral, mas cujas mudanças se sentem mais nas relações interpessoais.
No novo livro de Júlia Nery, a visão dos emigrantes portugueses é captada e interpretada. Fica aqui uma entrevista feita pelo Observador à autora e a opinião dela sobre o assunto. Esta reportagem ajudou-nos também a perceber o que é sentido por estes jovens portugueses que emigram sozinhos e desamparados.

http://observador.pt/especiais/julia-nery-a-saudade-ja-nao-e-bem-o-que-era/


Palavras associadas à música "Braços da minha mãe"
  • Saudade
  • Mágoa
  • Desespero
  • Sem Esperança
  • Solidão
  • Desacreditar
  • Amor
  • Deceção
  • Desilusão
  • Tristeza
  • Família

Da idealização à concretização




Sensações que a música provoca
Elementos Básicos da Comunicação Visual
Técnicas da Comunicação Visual

Saudade


Cor
(vermelha)

Linha Reta
(sentimentos tristes)

Linha curva
(Sentimentos de amor, conforto)

Escala
(criação de distância, isolamento)

Direção
(o “voltar”)

Contorno
(criação de impacto e simplicidade)


Unidade



Ênfase




Profundidade



Difusão




Minimização




SIMPLICIDADE



sEQUENCIALIDADE

Deceção


Amor


Desespero


Mágoa


Família


Solidão


Desacreditar


Desilusão
































Brain Storming para a Composição


Capa
Contorno através de pontos pequeninos do emigrante a partir do seu país e a ir sem rumo. Estes pontos são simples e preenchidos com uma cor forte. A mala que traz na sua mão seria criada com pontos pretos para lhe dar realce e enaltecer o facto de ser o emprego que leva estes indivíduos a saírem do seu país.

O background é composto por uma fotografia tirada por um dos elementos do grupo. Esta corresponde à visualização das nuvens e de uma asa do avião. Esta fotografia foi captada pela janela deste meio de transporte.

CD
Após a visualização na capa da realidade dura que atravessam, o CD viria aqui representar o sentimento de amor que une mãe e filho.
Assim, o CD teria no centro a mãe e filho abraçados.
Mais uma vez a mãe e o filho seriam compostos de pontos pretos e vermelhos.
O ponto confere anonimato mas ao mesmo tempo unicidade, daí ser o elemento escolhido.
 O fundo seria as nuvens, agora já sem a presença do avião.
O CD e a capa teriam o mesmo fundo, ou então troca de cores entre o fundo de um e os elementos de outro. Este ponto ainda encontra-se em discussão e análise.


























Inspiração


Antes de passarmos à explicação de todo o processo de criação da capa e CD propriamente dito e da apresentação do resultado recorremos à visualização de algumas imagens que nos serviram de inspiração para chegarmos ao nosso projeto final. Algumas destas imagens, realmente, ajudaram-nos a chegar ao que pretendíamos, outras nem tanto. No entanto, ambas nos permitiram uma aprendizagem para começarmos a perceber, a desenvolver e a treinar a nossa capacidade de olhar para as imagens e as composições visuais. Assim, vimos a nossa evolução neste campo da Comunicação Visual. Observando alguns blogs elaborados por alunos de anos anteriores que foram propostos pelo professor detetamos que alguns dos projetos elaborados pelos mesmo tinham como base fotografias da sua autoria. Este facto fez-nos pensar que talvez teríamos nas galeriasf otográficas dos nossos computadores fotos com imenso potencial.Após uma análise pormenorizada, um conjunto de fotos que tinha por base o mesmo contexto visual suscitou-nos interesse a partir dele começamos a visualizar o que realmente pretendíamos captar através da capa e do CD. Esse conjunto de imagens correspondia a fotografias tiradas por um dos elementos do grupo através da janela do avião, em que se visualizava nuvens e as asas do respetivo meio de transporte. A partir desta imagem começamos a imaginar tudo o que complementaria a foto e partimos para a ação.
Primeiramente, como queríamos perceber se a nossa ideia daria sentido ou não, começamos por desenhar com papel e lápis um esboço do que queríamos alcançar.
Adicionalmente, recolhemos imagens base para vetorizarmos. Não as utilizamos no seu contexto real, mas apenas para obter o seu molde. 
Então, seguidamente, ficam as imagens que nos ajudaram a chegar ao nosso resultado final.
















Exercícios acéfalos









Processo criativo de criação de diversas capas 

O CD como queríamos que se o olhássemos distantemente parecesse um abraço, pesquisamos uma imagem com esse tema, colocámo-la no fundo e delineamo-la com os pontos. A verdade é que se apenas a olharmos de perto vemos as partes e não o todo. Se a afastarmos vemos o todo. Esse era mesmo o nosso objetivo., Antes de apresentarmos o resultado final, achamos pertinente publicar todas as que elaboramos para chegar ao resultado final. Além disso, iremos explicitar que meios utilizamos, para que fins, técnicas utilizadas. Depois de selecionarmos a imagem de fundo da asa de avião com as nuvens, nunca mais a conseguimos largar, porque realmente achamos que ela e a música possuíam uma relação muito próxima e com o qual nos identificarmos.  Assim, as diferentes capas foram aparecendo pela edição da imagem de fundo conjugada com a alternância do uso de diferentes elementos da comunicação visual, ou a sua disposição de um modo diferente. Todas estas alterações conduzem-nos a composições diferentes que nos remetem para diferentes significados e diferentes interpretações da música. Após uma reunião tutorial com o docente, este sugeriu-nos que editássemos a imagem das nuvens para que o seu contexto não tivesse explícito.  Além disso, propôs-nos uma reinvenção da composição, para que não existisse nenhum aspeto figurativo. Posto isto, metemos mãos à obra e começamos, declaradamente, a brincar com o ponto, a reta e a cor.  Disto resultou diversas composições e foi esta aprendizagem crítica do modo de olharmos para a realidade, que nos permitiu chegar a algo que nos agradasse.

Tal como o nosso docente cita: “Errar é essencial, faz parte da aprendizagem e faz-nos crescer como designers”.

























 Edição em Photoshop e Illustrator


Usamos o Photoshop para a edição de imagem. O Illustrator é direcionado para a imagem vetorial, pelo que tivemos necessidade de recorrer ao   Photoshop para chegarmos ao resultado pretendido. Nesta plataforma apenas manipulamos ferramentas base, tal como o contraste, brilho, níveis, luminosidade.

Seguidamente, introduzimos a imagem editada no Illustrator e criamos figuras: pontos e linhas.  Metemos-lhe cores diferentes e posicioná-mo-los de diferentes maneiras e começaram a surgir novos contextos.































Resultado Final





Memória Descritiva



Interpretações gerais 

 “Braços da minha mãe” é uma música portuguesa que contém uma carga emocional elevada. Aborda um tema que não passa despercebido nem o é ignorado por ninguém. Aliás, é um tema com o qual mais proximamente ou mais distantemente todas as pessoas se identificam. Emigração. Palavra fria, cruel, triste, desencorajadora. O desacreditar do próprio país nos seus profissionais.
A letra da música é muito forte e a melodia que a acompanha acrescenta mais melancolia à música. O ritmo desta é calmo, mas de uma certa forma de revolta, de inconformismo com a realidade, a expressão da saudade. Saudade. Palavra que melhor descreve a música. Ter saudade é bom quando parte de um esforço que foi resultado de uma escolha, ou quando é em prol de algo que ambicionamos. Mas, esta saudade é má e cruel. É o tirar os filhos dos braços das suas mães.
A música apresenta um retardando no refrão que é o momento de ênfase da melodia que remete para a ambição de regressar a casa. Um retardando a nível musical, por si só, já nos faz idealizar um movimento circular, acrescentando a ideia de “voltar” para o ceio familiar faz-nos criar visualmente um círculo que simboliza o throwback. Por estas razões, o regresso está representado na nossa composição visual no CD que tem um comportamento circular. No centro deste encontra-se caracterizado o abraço entre a mãe e o filho associados à comodidade, proteção e aconchego da família.
A música começa dizendo “chego ao fundo da estrada”, ao fim sem solução, ao desistir de tudo, ao perder de todas as forças, ao desaparecer da motivação. Esta ideia repercutida na melodia encontra-se simbolizada na capa do CD quando existe um conjunto de pontos, que simbolizam todos os emigrantes que partem do seu país, a caminhar sobre a asa de um avião. Os pontos vão caminhando ao longo da asa até que caem no vazio. A criação desta imagem pretende retratar a desistência do emigrante de lutar por uma vida melhor. O rasto de pontos que vai ficando para trás reproduz a porção de si que deixa no seu país, como a sua família, os seus amigos. Na verdade, uma parte de si irá estar sempre onde o seu coração pretendia estar. Este rasto também pode apresentar uma segunda interpretação: o decaimento de uma parte de si devido a todo o sofrimento causado por o acontecimento que está a viver.
O avião foi escolhido para estar presente na capa uma vez que é o principal meio de transporte que leva a população para o país que vai emigrar. A viagem é o momento em que realmente caem em si na realidade que estão inseridos no momento. Deve ser dos episódios mais difíceis de ultrapassar. Adiciona-se o facto de os aeroportos serem os locais mais associados às despedidas, aos regressos e à emotividade.
O céu e as nuvens na capa remetem-nos para a introspeção. O céu é algo vago, que nos faz pensar sobre a vida e se comporta como alguém que nos ouve sem nos por à disposição de críticas. A composição musical é ela própria um desabafo, daí a ligação com o elemento anteriormente explicitado.
No CD, o céu também se encontra reproduzido, agora sem a presença do avião. Neste contexto do regresso, o céu reflete o conforto e a felicidade de voltar a estar junto daqueles que ama.
No geral, a capa demonstra o sofrimento transmitido pela melodia, e o CD a alegria do regresso a casa.
Todas as personagens são compostas por pontos. A explicação da utilização deste elemento básico da comunicação visual, sinteticamente, é o facto de estes atribuírem anonimato, mas simultaneamente singularidade a cada indivíduo. Este ponto, irá ser abordado aprofundadamente no próximo tópico, assim como a explicação do porquê do uso da cor vermelha e preta.




Composição e os Elementos Básicos da Comunicação





Quanto à utilização dos Elementos Básicos, optamos por destacar o ponto. Ao dar à personagem anonimato e simultaneamente unicidade, acaba por representar qualquer pessoa.
 A música de Pedro Abrunhosa, pretende transmitir a dor da partida de qualquer emigrante, que se encontra nostálgico em relação a toda a vida passada perto do seu país e da sua família. Deste modo, acreditamos que o ponto é o elemento básico que melhor pode representar o nosso objetivo: um emigrante, cuja identidade é desconhecida (de forma a poder adaptar-se a todos) e que vai partir para outro país em busca de uma vida melhor (capa de cd), mas não conseguindo despegar-se da sua mãe (cd). Os pontos aqui representam o emigrante e todo o doloroso percurso da sua partida. O aglomerado inicial simboliza o momento da despedida, o contacto com os familiares enquanto que, quando surge a linha de pontos, o emigrante já se encontra isolado. A dispersão dos pontos, quando chegam ao final da asa do avião, retratam a entrada num mundo desconhecido, o estarem desamparados e distantes dessa realidade. Então, esses mesmos pontos pretendem refletir o quão perdida a pessoa que vai para longe fica, a sua desorientação. Se observarmos com atenção, a própria fotografia de fundo contém pequenos pontinhos brancos. Estes trazem consigo dispersão, mas também simplicidade e naturalidade.
 A capa ao ser elaborada por um conjunto de pontos, torna-a cúmplice com as pessoas que a observam. Isto é, cada um pode interpretar aquele elemento básico da comunicação consoante aquilo que sente ou que quer imaginar, não lhe sendo imposto nenhum “objeto” conhecido. Tal como o professor referiu em aulas lecionadas, o ponto tanto pode ser algo fofo, querido, que simbolize amor, como algo frio, distante e maquinizado. Tudo depende do contexto e daquilo que se pretende transmitir.
         Aliada ao ponto, encontra-se a cor vermelha, uma cor quente, que está associada à paixão e ao coração humano. Uma vez que o refrão da música destaca o amor entre uma mãe e o respetivo filho, “Quero voltar/Para os braços da minha mãe”, o vermelho acentua a dimensão e a força desta relação. Acrescenta-se o facto desta cor se fazer sobressair de entre a foto que lhe serve de fundo, sendo assim esta também tem a função de atribuir importância à pessoa que emigra e de a focar como a personagem principal. Utilizamos a cor preta, porque esta é uma cor associada à tristeza e sofrimento. Estes sentimentos prevalecem no momento da partida, portanto não poderiam ficar sem representação na nossa composição.
         Para além destes dois elementos, é visível também a linha, que indica atividade, na medida em que os pontos que representam o deslocamento da pessoa que parte, causam a perceção de movimento e deslocação.
         A forma está também presente na janela e asa do avião, acabando por tornar a capa mais harmoniosa e interessante.
Por fim, a textura também está muito presente quando visualizamos as nuvens. Elas no seu imediato levam-nos a remeter para o campo do toque. Algo macio, que se desfaz por tão frágil que é.






Como Dondis diria: “As Técnicas Visuais oferecem ao designer uma grande variedade para a expressão visual do conteúdo. Existem como polaridades de um continuum, ou como abordagens desiguais ou antagónicas do mesmo significado.”
Tendo em conta o anteriormente dito, não poderíamos deixar de identificar as várias técnicas que estão presentes na nossa composição visual.
 No que diz respeito ao nosso projeto, então, as técnicas que estão presentes são o equilíbrio, a regularidade, simplicidade, transparência, subtileza, atividade, minimização e profundidade.
         O equilíbrio e a simplicidade surgem da harmonia causada pelas nuvens e pelo céu, que nos dão a ideia de estabilidade, causando um ambiente agradável, simples e, ao mesmo tempo, elegante.
         Quanto à regularidade, diz respeito ao conjunto de pontos que, apesar de se encontrarem em distâncias diferentes, com o objetivo de criar movimento, são regulares.
         A transparência resulta do facto de podermos ver a paisagem, mas também o interior da janela do avião estando, por isso, presente o fator de translucidez.
         A subtileza está claramente presente, uma vez que estamos perante um ambiente puro, elegante e delicado. Desta forma, também podemos referir a minimização, uma vez que o observador não necessita da presença de elementos extravagantes para ser visualmente eficaz. Neste caso, os elementos são mínimos, mas de fácil compreensão visual.
         A atividade está presente nos pontos que remetem para o movimento do individuo, bem como na linha que este percorre, transmitindo-nos a ideia de direção e deslocação.
         Por fim, podemos referir a profundidade, que se encontra relacionada com o seguimento dos pontos na capa que nos remete para uma realidade mais próxima e ao nível que vão avançando nos transportam para um distanciamento.


Composição e Teoria de Gestalt


Fazendo o paralelismo com outra das matérias lecionadas nas aulas, seguidamente iremos abordar de que modo a Teoria de Gestalt e as Leis da Perceção estão presentes na nossa composição.
Esta lei consiste na psicologia de análise de tudo o que nos rodeia. Ou seja, podemos observar uma composição visual e ver o seu todo ou, simplesmente, verificar que esse todo é composto por partes interativas que podem ser visualizadas de forma independente e com significado próprio. No entanto, nunca descartando o facto de, no conjunto, todas as partes formam um todo.
Após uma reflexão chegamos à conclusão que as duas leis que estão presentes na sua integridade são:

O Fechamento: lei de Gestalt que explica o facto do nosso cérebro tender a fechar elementos de modo a conseguir associar aquelas determinadas composições a objetos ou realidades já conhecidas. No caso da construção do CD, o que visualizamos são um conjunto de pontos vermelhos e pretos, mas o nosso cérebro tende a procurar identificar esses pontos com algo conhecido. A verdade é que, se afastarmos o CD, verificamos que esses pontos representam duas pessoas, neste caso mãe e filho, que estão abraçadas. Então, concluímos que apesar de a ideia ser a observação dos pontos, das partes, e não do todo, o nosso cérebro associa as partes do todo e automaticamente chega à realidade que lhe satisfaz a vista. Neste caso, são as pessoas a abraçarem-se como foi dito anteriormente.

As Experiências passadas: é a lei que, para nós, apresenta maior relevância, uma vez que a arte é subjetiva, muda consoante a pessoa, o seu caráter, personalidade e gostos. Neste campo todas as experiências vividas são, sem dúvida, verdadeiros arquivos e laboratórios constantemente prontos a ser utilizados para a produção de arte. A capa e o CD foram elaborados consoante aquilo que sentimos enquanto grupo. Não existe certo ou errado. É a nossa interpretação, a nossa maneira de encarar a realidade representada.


Conclusão

Chegamos ao fim da nossa primeira aventura, e que aventura esta! Divertimo-nos muito, saímos da nossa área de conforto e alcançamos os objetivos traçados! O projeto número um chegou ao fim e o nosso lançamento no ramo do design foi alcançado com sucesso.
Uma dessas metas era incluir na nossa composição visual, capa e CD, os elementos básicos e as técnicas da comunicação visual. Mas, este projeto lançou-nos nuns horizontes muito mais abrangentes. Nós conseguimos transmitir visualmente aquilo que ouvimos e sentimos. Juntamos o tato, a visão e a audição e percecionamos que possuímos muitas capacidades que muitas vezes estão escondidas por de trás da nossa pessoa. Por outro lado, sabemos que este mundo do design é uma imensidão e que temos uma longa caminhada pela frente.
Os nossos olhos começaram a ser treinados. Agora sabemos que beleza não é tudo, que o todo não é tudo e que a associação de algo a uma realidade conhecida também não o é. Atualmente, conseguimos visualizar uma composição e separar as suas partes. Conseguimos interpretá-las independentemente e atribuir-lhe significado. É bom conseguirmos ir do todo para a parte, e da parte para o todo. Nesse ponto, podemos ainda não o ter alcançado na totalidade, mas que demos um grande passo demos.
Concluindo, conseguimos relacionar música com Elementos Básicos da Comunicação Visual, Técnicas da Comunicação Visual e Teoria de Gestalt. A nossa visão, perceção e interpretação evoluiu a passos largos.
Estamos prontas para mais uma viagem neste mundo onde as coisas são aquilo que nós queremos que sejam.

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